DA ORGANIZAÇÃO
Em 1912, Sr. Francisco de Paula Eller, agricultor, transferiu-se de Alto do Jequitibá para a nossa região, na época denominado Areia Preta, ainda município de Caratinga. Já havia na região, na zona rural, a Igreja Presbiteriana de Inhapim (hoje, Igreja Betel), a qual Francisco Eller
frequentava com sua família e pouco tempo depois sendo eleito para o presbiterato da igreja. Residindo cerca de uma légua da sede (hoje 6 Km), passou a realizar cultos em sua casa com boa frequência, onde logo organizou-se uma congregação (hoje fazenda Caldeira). Cerca de 8 a 10
anos depois, Sr. Francisco adquiriu a propriedade chamada Volta Grande, à margem do Rio Caratinga, 6 km abaixo da primeira residência. Neste local foi organizado outra congregação com pessoas da região. Em 09 de agosto de 1924, organizou-se do outro lado do rio, município de
Tarumirim, a Igreja que levou o nome do município. Pouco tempo depois, a nova Igreja fez uma casa de oração na Fazenda Volta Grande e passou-se a chamar Igreja Presbiteriana de Volta Grande.
Transcreve-se a ata de organização da Igreja Evangélica Presbiteriana de Tarumirim: "No dia 09 de agosto de 1924, às 12h e 30min, na casa em construção para culto, no distrito de Tarumirim, reuniu-se a comissão organizadora, composta do Rev. Apolinário Sather (relator da
comissão), deu abertura aos trabalhos depois de haver dirigido o culto à Deus. Em seguida apresentaram demissórias, vindas da Igreja Presbiteriana de Inhapim os seguintes irmãos: Luiz Protásio Emerick, Maria Clementina Emerick, Anníbal Emerick, Darcília César Ermerick, Alcino
Vidal Henriques, Perciliana Henriques, Francisco Marques Sobrinho, Olívia Ricardina de Oliveira, Francisco de Paula Eller, Eufrásia Eller, Eduardo José Eller, Clara Elizabeth Eller, Teófilo Eller, Aurore Velosina Eller, Eduardo Cristiano Eller, Analise Nadir Eller, Angelo Antonio Peraira, Adelaide
Alves Pereira, Augusto Cândido Pinto, Maria Antônia de Jesus, Josefa Ribeiro da Cruz, José do Nascimento de Souza, João Conrado Eller. Antônio Cândido Pereira, Nicanor Eller, Júlie Deolinia Elier, Coralina Antónia de Jesus, Rita Maria de Oliveira e Claudemira de Rezende. Além destes, demissórias (seria transferência hoje) também de irmãos que residem na Congregação do Onça e Barra de São Domingos (seria Caixa Grande, hoje Jerusalém), que o Presbitério Espírito Santo de Minas determinou que fizesse parte desta igreja. Total transferidos: 91 membros comungantes. No dia da organização, 09 de agosto de 2024, recebe-se por profissão de fé mais dois membros e
batismos de crianças.”
(Texto extraído do relato histórico produzido em 2003 pela seguinte comissão: Pb. Dimas Emerick, Rute Acarone, Jovelina maria da Cruz e Rev. Dilson Domingos da Silva)
A DECISÃO DE CONSTRUIR O TEMPLO: O NOME OFICIAL DA IGREJA
Em 1948, "considerando a existência de cerca de 17 famílias evangélicas morando no povoado Soca Pó, o conselho da Igreja Presbiteriana de Volta Grande, presidido pelo reverendo Nathanael de Almeida Leitão, resolve criar uma escola dominical que funcionará no Salão de cultos
do referido povoado [local onde hoje está a Escola Estadual], tendo início no primeiro domingo de março de 1948, nomeando para superintendente da escola bíblica dominical a ser formada o presbítero Corinto Fernandes e secretária a jovem Nelzy Eller Torres". Em 1949, a escola dominical do povoado é liderada por Valdo Torres e Rachel Mauricio Oliveira. No povoado, que se forma em consequência das obras de abertura da Rio-Bahia. cresce o número de membros da igreja, de modo que o salão do casarão-sede da Fazenda Velha se torna pequeno para as reuniões. Em março de 1949, é esboçado um plano de ampliação do espaço, e a União de Mocidade Presbiteriana resolve fazer um "cofre da construção". A igreja, depois de considerar a necessidade de construir um templo no povoado, avalia também sua localização e atende à solicitação de seus membros que fazem uma longa caminhada ao residirem nas áreas rurais mais montanhosas, conhecidas como morro do Regino e morro do Agudo. Eles preferem um local que evite cruzar a Rio- Bahia, o que facilitaria o deslocamento a pé, a cavalo ou em charrete. Depois de muito se avaliar e orar, tem início no segundo semestre de 1949 a construção do templo, no terreno adquirido de Valdo Torres.
A igreja, que fora organizada em 1924, chega ao final de 1949 com este perfil: 349 membros comungantes e 278 menores batizados (total: 627 membros); 9 pontos de pregação; 4 sociedades internas; 5 escolas dominicais.
Outra decisão importante ocorre no contexto da construção a mudança do nome da igreja:
"Autorizado pela assembleia da igreja, o conselho fez subir ao Presbitério Vale do Rio Doce um pedido para que a sede da igreja seja transferida da localidade Volta Grande para o povoado, onde se constrói no momento o seu templo".
Como resposta, "a assembleia tomou conhecimento de que o presbitério concede licença para transferir a sede da igreja de Volta Grande para a vila de Dom Cavati com o seguinte nome:
Igreja Presbiteriana de Ipaúna, com sede em Dom Cavati". Assim, essa igreja cristã evangélica, cujos primeiros membros residiram na localidade de Areia Preta, acha por bem adotar o topônimo Ipaúna – o vocábulo indígena ipaúna significa "areia preta".
(Texto redigido e cedido pela irmã Cláudia Mércia Eller)
Missão
Chamar pecadores ao arrependimento buscando sua regeneração genuína através do novo nascimento, discipulá-los ensinando-os a guardar todo o ensinamento de Cristo Jesus, de forma a alcançar o fim principal do homem que é: Glorificar somente a Deus, amá-Lo sobre todas as coisas e que se deleitem nEle!
Visão
Uma breve declaração de Fé da IPB Ipaúna.
Cremos que nosso único propósito, tanto na vida como na morte, deve ser glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre; e que Deus nos ensina como glorificá-lo em sua santa Palavra, ou seja, a Bíblia, a qual ele deu por inspiração infalível de seu Espírito Santo, a fim de que possamos conhecer o que devemos crer acerca dele e os deveres que ele requer de nós.
Cremos que Deus é Espírito, infinito, eterno e incomparável em tudo o que é; único Deus, mas em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, nosso Criador, nosso Redentor e nosso Santificador; em cujo poder e sabedoria, justiça, bondade e verdade podemos confiar com segurança.
Cremos que os céus e a terra, e tudo o que neles há, são obra das mãos de Deus; e que tudo o que ele fez também dirige e governa em todas as suas ações; de tal maneira que elas cumprem o fim para o qual foram criadas, e que, confiando nele, não seremos envergonhados, pelo contrário, poderemos com segurança descansar na proteção de seu todo-poderoso amor.
Cremos que Deus criou o homem à sua imagem, em conhecimento, justiça e santidade, e entrou em um pacto de vida com ele sobre a única condição de obediência como dever do homem; de modo que ao pecar deliberadamente contra Deus, esse homem caiu em pecado e miséria, na qual nós nascemos.
Cremos que, estando caído em Adão, nosso primeiro pai, somos por natureza filhos da ira, sob a condenação de Deus e estamos corrompidos no corpo e na alma, inclinados ao mal e merecedores da morte eterna; e deste espantoso estado não podemos ser salvos senão através da graça imerecida de Deus, nosso Salvador.
Cremos que Deus não deixou o mundo perecer em seu pecado, senão por um grande amor com que amou, desde toda a eternidade, graciosamente escolheu para si uma multidão que nenhum homem é capaz de contar, para libertá-los de seus pecados e misérias, e destes eleitos edificar novamente no mundo o seu reino de justiça: cujo reino podemos estar certos de que teremos parte, se confiarmos em Cristo, o Senhor.
Cremos que Deus redimiu um povo para si através de Jesus Cristo, nosso Senhor; assim, ele que foi e para sempre será o eterno Filho de Deus, entretanto, nasceu de uma mulher, nascido sob a lei, para que redimisse aqueles que estão sob a lei: cremos que ele levou a penalidade devida pelos nossos pecados, em seu próprio corpo sobre o madeiro, e cumpriu em sua própria pessoa a obediência que nós devemos à justiça de Deus, e agora nos apresenta a seu Pai como sua possessão adquirida, para o louvor da glória de sua graça para sempre; na qual renunciamos a todos os nossos méritos, colocando toda a nossa confiança somente no sangue e justiça de Cristo Jesus, nosso redentor.
Cremos que Jesus Cristo, nosso redentor, que morreu por nossas ofensas, ressuscitou para a nossa justificação, e ascendeu aos céus, onde está assentado à direita do Pai Todo-poderoso, intercedendo continuamente pelo seu povo e governando todo o mundo como a cabeça sobre todas as coisas para a sua Igreja; de modo que não necessitamos temer nenhum mal e podemos com segurança saber que nada pode nos arrebatar de suas mãos e nada pode nos separar de seu amor.
Cremos que a redenção obtida pelo Senhor Jesus Cristo é eficazmente aplicada a todo o seu povo pelo Espírito Santo, que em nós opera a fé e nos une a Cristo, renovando-nos à inteira imagem de Deus, e nos capacita mais e mais a mortificar o pecado e a vivificar para a justiça; assim, quando esta graciosa obra for completada em nós, seremos recebidos em glória; em cuja grande esperança permanecemos, tendo sempre que lutar pela perfeita santidade no temor de Deus.
Cremos que Deus requer de nós, sob o evangelho, antes de tudo, que, por uma verdadeira percepção de nossos pecados e miséria e uma compreensão de sua misericórdia em Cristo, devemos separar-nos com dor e ódio do pecado e receber e descansar somente em Jesus Cristo para salvação; de tal maneira, que unidos com ele, possamos receber o perdão por todos os nossos pecados e sermos aceitos como justos aos olhos de Deus somente pela justiça de Cristo imputada a nós e recebida pela fé somente: e unicamente desta maneira e nada mais, cremos que somos recebidos dentro do número e temos o direito a todos os privilégios dos filhos de Deus.
Cremos que, sendo perdoados e aceitos em nome de Cristo, se requer de nós também que caminhemos no Espírito que ele adquiriu para nós, e por quem o amor é derramado amplamente em nossos corações; cumprindo a obediência que devemos a Cristo, nosso Rei; fielmente cumprindo todos os deveres impostos sobre nós pela santa lei de Deus, nosso Pai celestial; e sempre refletindo em nossa vida e conduta, o exemplo perfeito que foi estabelecido para nós, por Jesus Cristo, nosso Líder, aquele que por nós morreu e nos concedeu o seu Santo Espírito, para que possamos fazer as boas obras que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas.
Cremos que Deus estabeleceu a sua Igreja no mundo e a dotou com o ministério da Palavra e as santas ordenanças do Batismo, a Ceia do Senhor e a Oração; a fim de que através destes meios, as riquezas de sua graça no evangelho se tornem conhecidas no mundo e, pela bênção de Cristo e a obra de seu Espírito neles, pela fé as recebemos, e os benefícios da redenção sejam comunicados ao seu povo; pelo que também se requer de nós que atendamos a estes meios de graça com diligência, preparação e oração, de tal maneira, que através deles, sejamos instruídos e fortalecidos na fé, na santidade de vida e no amor; e que usemos de nossos melhores esforços para levar este evangelho e comunicar estes meios de graça a todo o mundo.
Cremos que assim como Jesus Cristo veio uma vez em graça, assim também virá pela segunda vez em glória, para julgar ao mundo em justiça e conceder a cada um a sua recompensa eterna; e cremos que se nós morrermos em Cristo, nossa alma será na morte aperfeiçoada em santidade e irá para o lar com o Senhor; e quando ele retornar em sua majestade, seremos ressuscitados em glória e perfeitamente abençoados na plena satisfação de Deus por toda a eternidade; consolados por tal bendita esperança, se requer de nós que voluntariamente soframos as privações aqui como bons soldados de Cristo Jesus, sendo assegurados que se morrermos com ele também viveremos com ele, se permanecermos, também reinaremos com ele.
E a ele, o nosso Redentor, junto com o Pai e o Espírito Santo, Três Pessoas, único Deus, seja a glória para sempre, até o fim do mundo, Amém e Amém.
Valores
• Amar a Deus sobre todas as coisas;
• Amor ao próximo;
• Glórias somente a Deus;
• Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática;
• Fidelidade Aos Símbolos de Fé;
• Fidelidade aos concílios;
• Fidelidade ao Princípio Regulador de Culto ;
Galeria de Fotos
Veja abaixo algumas imagens que registram a história da nossa igreja.
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